sábado, maio 22, 2010

Sobre A Minha Própria Companhia, Lost e BH.


Houve um tempo em que eu considerava a sensação de ficar sozinha quase um martírio.
Eu vivi muitas coisas desse tempo pra cá. Passei por dois treinamentos que realmente mudaram a minha forma de pensar e o ângulo que eu vejo a minha vida.
O primeiro deles foi o Leader Training (LT), em Novembro de 2008, que foi realmente muito importante. E logo mais, em Novembro de 2009, o Transcendendo os seus Limites (TL) - ambos coordenados pela fabulosa equipe da Nova Conexão.

Engraçado eu mencionar esses dois treinamentos aqui no blog... acho que eu não havia mencionado-os antes. Em especial o TL. O TL foi uma das - se não A mais - coisas mais difíceis e maravilhosas que eu já vivi, e certamente me ajudou muito nessa nova parte da minha vida - mudar de estado largando tudo pra trás.
Hoje eu aprecio a minha própria companhia.

O "engraçado" nessa história é que... bem, pra falar a verdade eu nem sei por onde começar.
Eu achava que eu nunca era boa o bastante. Pra qualquer coisa.
Sempre me faltava alguma coisa, seja ela confiança em mim, confiança nos outros, auto-estima, carisma... enfim, uma lista que não cabe aqui.
Sempre achava que as pessoas sentiam um tipo de prazer sórdido em me passar pra trás. Não me pergunte o motivo, eu não saberei responder com certeza.

Mas hoje, a minha compreensão sobre "as pessoas" mudou bastante. Eu sempre fui muito carente de atenção alheia. Sempre. E isso é muito triste. Mesmo que inconscientemente eu queria qualquer atenção que fosse.
Um carinho, um bilhete, um telefonema, um comentário. Sempre procurava uma aceitação qualquer das pessoas que estavam ao meu lado. Por muitas vezes eu falhei, claro. Talvez, vendo com meus olhos de hoje, eu não falhei tanto assim.
Engraçado como o que a gente melhor ensina, é o que a gente tem mais a aprender.
Tive uma conversa com o Tit esses dias. E nela, eu blablablei sobre como não devemos fazer as coisas pros outros, e sim por nós mesmos.
Eu demorei muito tempo pra aceitar que as pessoas machucam. Das piores formas possíveis.
Mas eu aceitei. Aprendi que é bom tratar as pessoas como eu gostaria que elas me tratassem. Mas NUNCA esperando alguma coisa em retribuição.
E eu vivo muito bem assim. De verdade.

Eu achava que quando ninguém me chamava pra sair, era pq eu tinha algum problema, ou que as pessoas tinham algum problema comigo.
Mas hoje eu não ligo mais. Hoje eu sei que tem horas, que eu preciso ficar comigo mesma, quietinha, acompanhando os meus pensamentos, e fazendo com que eles se engrandeçam dentro da minha "lucidez".
Hoje, eu gosto de ficar sozinha. Acho que me faz bem, de uma certa forma.
Citando Los Hermanos: "Os dias que eu me vejo só, são dias que eu me encontro mais."

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Estou aqui também me corroendo pro episódio final de Lost.
Tipo... 6 anos. E logo mais a série chega ao fim. Triste, pois eu vou sentir um vazio muito grande depois de amanhã.

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E aqui, um vídeo medíocre que eu fiz dentro de um ônibus a caminho do mercado central em BH. Enjoy.

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Agora, de volta ao Fringe, enquanto o final de Lost não chega.

o/


Um comentário:

  1. É orgulho que não cabe no peito ver que vc se tornou uma mulher forte (eu já sabia que vc se tornaria uma mulher forte desde que te vi lá no Vitor :P ).

    Espero que tudo aí dê certo.
    E que o final do lost derrube todo mundo da cadeira.

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